Serei incorrigivel, romântico ou velhaco, não direi o que sinto, não sentirei o que digo, ou mesmo direi o que não sinto, enfim quero falar-lhes sobre muitas coisas.

sábado, 24 de dezembro de 2011


  • Feliz Natal

    Amanhã, e não hoje, é Natal... dia que representa o nascimento de Jesus Cristo... sim, REPRESENTA pois ninguém sabe exatamente a data que Jesus nasceu, e a Igreja Católica usou 25 de dezembro para abafar celebrações como o Hanukkah judaico, entre outros. Enfim, isso é irrelevante, se formos prestar atenção no que significa o Natal para os (verdadeiros) Cristãos: é o surgimento da Fé, a Boa Nova anunciada pelo Pai, UM FAROL EM MEIO A ESCURIDÃO EM QUE SE ENCONTRAVA (encontra) TODA HUMANIDADE. Lógico, essa festança toda é muito legal, Papai Noel, árvore de Natal, troca de presentes, ceia farta: não dá mais para abrir mão disso... mas jamais podemos esquecer do que essa data representa de verdade: o nascimento, em uma gruta que servia de estábulo, do maior ser humano que já existiu!!! Sim, SER... HUMANO!!! Por mais que o Mestre tenha feito (ou não) milagres pirotécnicos, seu maior milagre está em Sua mensagem de Amor, em Suas lições de humildade, e principalmente na Sua morte, onde Ele dá sua vida por nós, onde Ele se entrega sem jamais retroceder em suas Lições de Amor!!! Concito
     a todos, PRINCIPALMENTE A MEUS AMIGOS ATEUS, que leiam o Novo Testamento de coração aberto: RELIGIÕES NÃO EXISTEM!!! IGREJAS SÃO UMA FARSA CRIADA PELO HOMEM PARA BITOLAR SEUS SEMELHANTES!!! Mas prestem atenção NAquele Homem chamado Jesus... no que Ele tinha a dizer... considere que ele era tão humano quanto nós... considere no caos que era o mundo, em especial aquela região, naquele tempo (hoje em dia não está muito melhor)... pensem nisso... acho que a raiva de vocês por Igrejas e Religiões talvez até aumente, mas tenho certeza que a admiração pelo Cristo irá surgir!!! Feliz Natal a todos!!!
    [Texto por Raphael Durão]

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011



No momento há uma pequena desordem em minha vida.
Ando pro norte virado pro sul...
Caminho sob a chuva banhado de suor.
Estou 1/2 áspero, 1/2 dado a arranhar as pessoas e a minha própria alma.
Acabei com todas as metáforas que conhecia.
Desço a ladeira de costas para ficar com a impressão que não estou caindo.
Equilibro ovos nas pontas dos dedos para me manter confiável.
E apaguei meu nome de hoje para trás.
Não sou mais nada além de uma ruína.
Um esboço do meu tropeço comigo mesmo.
Um homem que desce ladeiras de costas e equilibra ovos nas pontas dos dedos para suportar a si mesmo.
E agora quero distância de tudo.
Até da possibilidade de reerguer-me do meu holocausto pessoal.
Nem que para isso eu tenha que pular no abismo das almas perdidas.
E de lá nunca mais sair.
Nem para viver a minha antiga vida novamente.

Publicado originalmente no http://cronicasdeumpoetalouco.blogs.sapo.pt/">BlogdoTõeRoberto

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Prazer

Quem me dera o inverno durasse um pouco mais
O céu cinzento, a palma branca, os olhos serenos
Teu quarto... Nossa cama
A  carne nua

Quem me dera uma vez mais, só nós
Isolados... Unidos por um só laço
O desejo
Engolidos pelo prazer, o gosto, o querer

Éramos perfeitos
O frio era só um desculpa para a cama permanecer ocupada
Forrada por nossas peles morenas

Os dias, as horas, o relógio era a nossa vontade
Insaciável vontade de ter
Proporcioná-lo e tê-lo como fonte de ter
Prazer

Walisson Figueiredo
Caruaru - ZonaLeste - 08/12/2011

sábado, 3 de dezembro de 2011



   Dois Pierrôs 








“Respeite minha dor
não cante agora
perdi meu grande amor”  Nelson Cavaquinho

Chegam pela noite, os dois ao mesmo tempo: os passos e o silêncio. Olham-se um ao outro: o encontro é inesperado, mas guardam a surpresa – não querem nos semblantes demonstrar perturbação, sinal de uma fraqueza, receio, talvez medo. Chegam pela noite e seguem, lado a lado: os passos são iguais, os gestos são iguais. Não se ouve palavra: só os pés roçando a terra. Seguem a mesma trilha, fazem a mesma curva; súbito param, juntos, diante da caixa de mármore.

Fitam, os olhos aos pares, a pedra lisa e negra. Cada um leva uma rosa – uma branca, uma vermelha, ambas nas mãos esquerdas – que ambos tentam esconder, por instinto ou por razão. Nas mãos, as duas rosas cujas pétalas tremem, leves – e desvelam, no tremor, o que os dois, com zelo, ocultam. Rígidos como a pedra, os olhos, retesados, obrigam-se a não ver mais que as letras escavadas – como se não vissem ao lado a sombra gêmea: frieza calculada, guardada no silêncio.

Na mão a rosa branca –

branco era o sorriso daquela em que agora pensam: ela, ninfa morena, longos cabelos negros, pele esculpida em bronze. Os dois a haviam visto no meio da larga avenida: qual sílfide sambava, enlaçada em serpentinas, confetes pelo corpo recendente a adolescência; sambava e não os via – nada via, olhos cerrados, entregue a todo o enlevo que a arrastava na catarse. Mas eles, longe, a viam, entre as sombras mascarados – as lágrimas pintadas sobre a face entristecida. Quando veio a madrugada, os dois, na avenida vazia, enfim se aproximaram, idênticos nos passos – e ela, desvairada, sambando solitária, não os viu tirando as máscaras; nem viu quando seus lábios se arrastaram para um beijo – e aos braços entregou-se, num arroubo: Colombina.

Na mão a rosa vermelha –

e os lábios separados pela lâmina da faca. Foi ela quem caiu – ela, adolescente, sem grito e sem gemido: leve, lívida sílfide, silêncio e madrugada. E os dois que se entreolhavam, as mãos manchadas de sangue, calando o peito o pranto no mais vão dos fingimentos. O beijo interrompido secava nos seus lábios: nasceu de início a fúria – o corpo, no chão, sangrava; a lâmina vibrava, cobiçosa da vingança; mas era quarta-feira. Então se ajoelharam ao seu lado e a contemplaram: os dois que não puderam conhecê-la, Colombina, e agora nada tinham mais que o corpo fenecente.

E enfim a possuíram – – –

os olhos se encontraram, as mãos acharam as máscaras:

negras lágrimas retintas cobriram os rostos pálidos. Deram-se então as costas e afastaram-se, calados, outra vez iguais nos passos, no chão deixando o corpo que outra vez não sambaria.

Fremem, nas mãos esquerdas, as rosas desalentadas. Lentas são entregues à pedra dura e fria, as pétalas pousando sobre o nome ali gravado, que os dois, num só sussurro, soturnos pronunciam. E aos poucos dão-se as costas outra vez, e enfim se afastam, sem fitar-se, austeros e hirtos – os pés roçando a terra, o luto em meio à noite, vão deixando longe a lápide coberta pelas rosas – rosa branca, rosa vermelha sob a chuva que, leve, cai, numa noite de quarta-feira. E ela não mais samba: no túmulo adormecida, revive na quarta-feira – fim de festa, amor e cinzas:

na pedra, as letras cravadas, o nome de Colombina.

[conto publicado na revista Literatura n. 34 - fevereiro de 2008]

domingo, 27 de novembro de 2011



A Solidão e o Culpado
                                            
    Casa cheia, meia luz, porta escancarada...
    Alguém de fora vê e se atrai pelo desejo
   
A força da natureza.
    Os seus passos já não obedecem a mente
    E a mente já não concorda com o coração
    Seus principios foram esquecidos
    E o que resta é o desejo, a força da natureza.
    Mere o convida para entrar
    E mesmo sob acusação
    Ele caminha para sua primeira noite sob o leito de escarlata
    Ao se despir o envolve com seu hálito de luxúria
    E flutuando sobre ele o convida para amar.
    O seu amor não passa de um engano
    Seus lábios não se tocam
    O risco da paixão exala pelos corpos
    Alguns momentos depois...
    Depois de tanto pressionarem os corpos
    Tudo acaba em um piscar de olhos.

    Costa nua, porta fechada
    É cobrado o preço do pecado
    E em dois caminhos se separam
    A solidão e o Culpado.


Walisson Figueiredo
Caruaru - Zona Norte - 27/11/2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

 Um breve Pensamento "Sobre" a Vida.

  Somente é verdadeiramente feliz aquele que, na vida, não quer a vida, isto é, que não se esforça por conquistar os bens que a vida oferece. Só assim o fardo da vida se alivia. A nossa vida é como uma pesada carga sustentada por cordas e roldanas, mas apoiada nas costas de um homem curvado. Se ele se ergue e tenta sustentar a carga, todo o peso recai sobre ele; mas se ele se agacha novamente e fica quieto, sem tentar carregar o fardo, não precisa mais suportar nada, porque nenhum peso oprime suas costas.

Walisson Figueiredo
Caruaru - Zona Norte - 26/11/2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011


O medo

Tive fome, sede e vontade
Tive tudo e quase nada
Te vi no meu passado...
Verdade, eu não esqueci
Esqueci de nada
Quase tudo eu revivi

Tudo de tu e um todo em meu tudo
Eu tive
Te tive por um momento eterno dentro em mim
Mas, passou...

Não tive. Eu quis.
Eu temia por querer-te
Te queria sim, assim desse jeito
Era o medo.
Tive tempo de esquecer
Ele paralisa agente. O medo...
Do outro não querer.

Walisson Figueiredo
Caruaru - Zona Norte - 24/11/2011

Um poema bem interessante retirado do livro 'O Caçador de Pipas'



Se chegarmos a dormir, somos os sonolentos de Deus
Se chegarmos a acordar, estamos nas mãos de d'Ele
Se chegarmos a chorar, somos a nuvem cheia de pingos de chuva
Se chegarmos a sorrir, somos d'Ele o relâmpago
Se chegarmos a raiva e a batalha, é o reflexo da ira de Deus
Se chegarmos a paz e o perdão, é o reflexo do Amor de Deus...

Então, quem somos nós neste mundo complicado?
......

Então pense, reflita, e chegue á uma conclusão.

Walisson Figueiredo
Caruaru - Zona Norte - 24/11/2011

terça-feira, 22 de novembro de 2011


                 Sobre a Amargura

A amargura é venenosa e cresce como um câncer.

Ela cresce se não for combatida de frente. E não cessará de crescer até que destrua o outro e com ele não destrua a si mesma. A amargura não convertida em arrependimento , não cessa nem quando destrói o objeto da dela, posto que ela se torna um estado na alma do amargurado. 

A amargura de um pode se tornar um espírito em muitos. 

Ande com o amargurado sem percebê-lo como tal, e você se tornará sutilmente como ele.

"A amargura é um sentimento psicologicamente suicida, em relação a quem o vive; e é homicida, em relação a quem se pratica o sentimento como arma e vingança." (CaioFábio)

Walisson Figueiredo
Caruaru - Zona norte - 22/11/2011


segunda-feira, 21 de novembro de 2011


  Uma pequena história Sobre compaixão amiga.

"Uma certa vez, um garoto apanhava de um tirano marmanjo. Com a voz trêmula e os olhos cheios de lágrimas, seu amigo perguntou para o autor, quantos socos pretendia dar em seu amigo. Surpreendido, o garoto que apanhava perguntou o motivo dessa “estúpida” pergunta. Ele respondeu: “Se não se importar, gostaria de receber a metade”. "
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 Não sei ao certo se esta história é real, ela começou circular na Inglaterra no século XVIII, no auge do Romantismo. Eu a encontrei por acaso, pesquisando coisas sobre a época, e a achei muito interessante, e porque não dizer até estimulante, em relação a fazer o bem, e dividir as dores com quem a gente ama.
Concerteza é uma história tocante, e que merece ser imitada.

Walisson Figueiredo
Caruaru - Zona Norte - 21/11/2011

Sobre Verdades - Ou nem tão Verdades assim ... Enfim - Quem se importa??

"Aqueles que amam uma coisa distinta da verdade quereriam que isso que amam fosse a verdade. No entanto, como não querem enganar-se, mas ao mesmo tempo também não querem reconhecer que estão enganados, odeiam a verdade por causa daquilo que amam em vez da verdade."
(Agostinho de Hipona, Confissões)
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 Cada um tem sua própria verdade. Muitas vezes o que é verdade pra mim, é loucura para outros, muitas vezes o que eu acredito ser verdade, ou que acreditamos ser verdade, não passa de uma mentira contada  por quem nos confiou a "tal verdade". Talvez tudo tenha seu meio de mentira e verdade.
Será que isso seria um equilibrio???
Não sei... Mas é certo que sempre é mais fácil acreditar na mentira, ou estou enganado??
  
De uma coisa eu sei "A verdade é a melhor camuflagem. Ninguém acredita nela." 

Walisson Figueiredo
Caruaru - Zona norte - 21/11/2011

domingo, 20 de novembro de 2011


Sobre o Orgulho
  
 Oi. Como vai você?  Não, eu não preciso saber da sua vida, aliás, pouco me importa... Mesmo assim espero que você esteja bem.
 
  Várias pessoas que leram uma frase minha, me vem com as mesmas especulações, não concordo com esta frase, e tal. A frase era a seguinte:
 Quem se mantém do orgulho, o usa por fraqueza e não por Amor próprio.

  O Orgulho, é uma coisa embrenhada no Ser Humano. Faz parte de sua Natureza. Mas á duas vertentes do orgulho, aquele que é sadio, e aquele que é mais usado, o que não é sadio. Isso na minha opinião, claro.
Ai você me pergunta: Existe essa diferença?? E eu respondo: Claro que sim.
  Eu tenho uma opinião sobre o orgulho. Segundo minhas pesquisas, e aquilo que eu sempre soube, mas só queria uma confirmação, orgulho é um sentimento de satisfação pela capacidade ou realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal. Então dependendo das circunstâncias ele pode ter um lado positivo ou negativo.
  Ter orgulho de ser filho do seu pai, mãe, é um sentimento bom. Ter orgulho de ser Brasileiro, é muito bom. Orgulho de ser corinthiano,  não isso é mal gosto , uma besteira só. Ter orgulho de ser alguém inteligente, que batalha por aquilo que quer conquistar, é muito bom. Mas não pedir perdão por orgulho, não perdoar por orgulho, não voltar atrás por orgulho, não se deixar amar e ser amado por orgulho, não é legal. Então é disso que falo.
  As pessoas querem camuflar seu orgulho, seu ego, como algo bom, mas na verdade não, o mundo não quer usar de seu orgulho por conta de algo intimo, ou bonito, o mundo usa este orgulho como arma de defesa, para suas fraquezas, ou seja, não querem ser vistos como fracos, esquecendo-se que são fracos, e isso não melhora em nada usando-se as artimanhas do orgulho. 
 Ou seja, o orgulho pra mim é algo sem valor, pensando bem se usado com moderação o orgulho próprio é um fator determinante na caminhada para o sucesso pessoal, familiar e profissional. Não é errado você se admirar e demonstrar publicamente este sentimento. Mas o orgulho é usado por muitos como um sentimento para camuflar suas fraquezas, camuflar a necessidade de auto afirmação, talvez muitos não saibam disso, vivem do orgulho, e ainda se orgulham dele sem saber, mas no fim isso é a mais pura verdade, e tudo pura vaidade.

   É isso que penso sobre o Orgulho.

 Walisson Figueiredo
Caruaru 20 de Novembro de 2011 - Zona Norte 

              -Sobre Muitas Coisas

  Sobre muitas coisas eu quero escrever, afinal de contas quem me conhece sabe que não sou de me prender por muito tempo á nada, e não faria um blog, para falar sobre um assunto especifico. Isso seria chato pra mim.
 O Sobre muitas coisas, nasce do meu desejo de escrever e mostrar ao mundo o que eu penso e sinto em tempo real, mas eu não conseguia encontrar um nome que coubesse na proposta do que eu iria escrever, ou seja, "Sobre muitas coisas". Mas ás exatamente 02:00 da manhã do dia 20 de Novembro de 2011, escutando uma das minhas músicas preferidas, Sobre Muitas Coisas, da Banda Catedral, veio-me á Luz, não, não é isto que você está pensando, nenhum anjo me visitou, nada de cunho paranormal ou religioso aconteceu, não mesmo, a famosa lâmpada do pensamento ligou a vontade de fazer o Blog ao nome que lhe faltava, e estou eu aqui, em plena noite quase sem estrelas, toda a cidade dormindo, menos alguns desocupados do msn, inclusive eu, escrevendo, fazendo o que mais gosto.
 Enfim, vou perseguir vocês todos os dias, prometo ser fiel á mim e á meus conceitos, serei incorrigível, romântico ou velhaco, não direi o que sinto, não sentirei o que digo, ou mesmo direi o que não sinto, enfim, quero falar-lhes Sobre muitas coisas.

 Aproveite, o Blog é meu, é seu, é nosso.
 -Walisson Figueiredo-